Carros importados, joias exuberantes aos montes e dinheiro esbanjado sem
moderação... O funk ostentação, movimento musical criado em São Paulo,
gosta de exaltar a riqueza em suas letras e clipes, mas será que é só
isso? “Para nós, é um grito de liberdade. A gente batalhou muito para
ter o que tem hoje e, por isso, não temos medo de falar o que a gente
tem”, comenta o MC Guime.
Se não existe o receio de ostentar em suas músicas, o mesmo não acontece
quando o assunto é segurança. Recentemente, o assassinato do MC Daleste
mexeu com os representantes do estilo musical. “A morte dele foi uma
coisa que chocou todos os MCs”, afirma o MC Lon.
Segundo o funkeiro, Daleste era um cara muito destemido e não andava com
seguranças. “Ele era um fenômeno do funk, todo mundo queria ser como
ele, por isso deveria ter preservado mais a sua vida”, explica Lon, que
completa: “Ele gerava muito lucro e muita inveja".
Para Guime, o sucesso provoca muito olho gordo nas pessoas, e eles
precisam estar sempre protegidos. “Acredito que todo mundo que se dá bem
está na mira”, ressalta o funkeiro durante o programa.
Mesmo com a notícia da morte de Daleste, o movimento do funk ostentação
continua multiplicando artistas de sucesso e atraindo fãs, que muitas
vezes sonham com o estilo de vida cantado pelos MCs. “Muitas pessoas que
acompanham o trabalho dos MCs passaram a se inspirar no estilo deles,
que hoje é bem próximo ao estilo do hip hop e do rap”, analisa o MC
Guime.
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