Morador da Cidade Tirandentes, bairro da zona leste de São Paulo, o
MC Bio G3 começou sua carreira no rap e posteriormente ingressou no funk
ostentação. "Sobrevivo do funk há sete anos. Como fui um dos primeiros
MCs, peguei uma rapaziada que veio depois e fui ajudando. Montei uma
assessoria e hoje empresario cerca de 25 cantores", explica.
De acordo com Bio G3, um MC em alta consegue agendar algo
entre 55 e 60 shows por mês - chega a se apresentar até cinco vezes em
uma mesma noite.
"Geralmente montamos um itinerário semelhante ao de uma linha de
ônibus. Durante um sábado na capital paulista, acertamos dois shows na
zona leste, um na central e mais dois na zona sul. A correria começa à
meia-noite e vai até as 5h".
"Para cada apresentação, que tem em média 30 minutos, um
MC que já seja estabelecido consegue um cachê que varia de R$ 3 mil a R$
10 mil", conta Bio G3, que aponta Porto Alegre e Belo Horizonte como as
cidades que mais consomem funk fora do eixo Rio-São Paulo. "Quando um
MC vai a Porto Alegre, por exemplo, faz uns 13 shows no fim de semana".
A expectativa de Renato e dos demais envolvidos com o gênero é que o
funk ostentação ganhe seu espaço na grande mídia, de forma semelhante ao
que ocorreu com o sertanejo universitário. "Tem tudo pra caminhar para a
televisão e para as rádios. O sertanejo universitário se apropria de
algumas letras. A coisa do ‘Camaro Amarelo’, que pegou no sertanejo,
começou no funk ostentação".
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